Por que ajudo as pessoas?

"Tudo começou depois de um infarto em 2004 e 10 dias de coma, não consegui fazer um cateterismo porque o hospital me informou que a máquina tinha quebrado e o exame foi cancelado. 

Depois de seis meses, voltei ao médico para consulta de rotina e ele me perguntou do exame. Respondi que não tinha feito ainda. 

O médico conseguiu então, uma vaga na Beneficência Portuguesa. Fiquei feliz, claro, mas inconformado porque vi que, muitas vezes, falta amor e respeito pelas pessoas. Falta vontade de fazer as coisas de forma mais efetiva.

Na época, fiz amigos no hospital e consegui ajudar outro morador de Amparo, na área da saúde. Essa ajuda foi aumentando e tomando conta de meu coração.

Comecei a me aprofundar, ouvi falar muito de Cazaline - o homem que ajudava pessoas - e comecei a ver outras pessoas como Dr. Mazine  - o médico que dava consulta de graça e muitas vezes ate remédio pagava pros pacientes.

Depois Moacir Bueno e Toninho da ambulância também me ajudaram, mas, infelizmente, Deus empresta a alma e depois pega de volta. Essas pessoas, verdadeiros anjos, já não estão mais entre nós.

Hoje recolho doações de todos os cantos da cidade de roupas e fraldas e entrego para famílias que precisam. Faço também empréstimos de equipamentos de saúde como cadeiras de banho, camas hospitalares, ajudo gestantes e todo dia tem alguém para ajudar. 

Confesso que muitas vezes, por tristezas, tive vontade de parar, mas parece que Deus não queria e sempre que pensava em desistir, alguém batia em minha porta. Tive outro infarto, em 2017, mas nunca parei o trabalho. 

Graças a Deus temos o Rotary, o Lions e os vicentinos e damas de caridade, que fazem um trabalho incrível, porém, individualmente, hoje, o André Extintor é referência nesse trabalho.

 Meu lema: "fazer o bem sem olhar a quem, e trabalhando sempre em silêncio".